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Flores de Campo Maior Acerca

As Festas do Povo de Campo Maior, também conhecidas por Festas das Flores e Festas dos Artistas, são um evento de cariz popular que, nos últimos anos, se afirmou como um dos maiores do género no panorama cultural português.

De forma sintética, as Festas do Povo de Campo Maior consistem na decoração de uma quantidade significativa das ruas da vila (cerca de 100 na última edição) com flores e outros motivos de papel feitos à mão pelos moradores de cada uma dessas mesmas ruas.

Se bem que a sua origem ainda seja tema de discussão, é ponto assente que as Festas do Povo de Campo Maior surgem nos finais do século XIX e que desde então se realizaram 35 edições, número que reflete a sua periodicidade irregular.

De facto, as Festas do Povo de Campo Maior acontecem apenas quando o povo quer, porque é o povo que as faz e é ao povo que cabe a decisão última de avançar ou não com tamanha empresa: vestir uma vila inteira com flores de papel feitas à mão.

Aliás, esta forma de organização é o que faz destas festas algo único no mundo. Um evento cuja concretização assenta no voluntariado e em números que impressionam: 5 mil pessoas envolvidas, 3 milhões de horas de trabalho, 30 toneladas de materiais (papel, madeira, cola, arame, etc), quilómetros de ruas engalanadas e centenas de milhares de visitantes de todo o país e do estrangeiro.

Se as primeiras edições das Festas do Povo de Campo Maior eram um evento marcadamente local, com pouco ou nenhum impacto ao nível de visitantes vindos para além das fronteiras do concelho, a verdade é que ao longo dos anos a evolução aconteceu. Na década de 70 do século XX as Festas eram já uma forma de promoção do concelho que tinha ecos a nível internacional.

Avançando algumas décadas mais, as últimas edições do século XX e as primeiras do XXI serviram para afirmar, definitivamente, as Festas do Povo como um evento incontornável para milhares de pessoas e como a maior atração a nível turístico que este concelho do interior tem para apresentar ao mundo.

No século XXI, as Festas do Povo de Campo Maior atingem um nível de maturidade que tem impacto na economia local e na criação de postos de trabalho relacionados diretamente com o evento.

No espaço de uma semana, o tempo de duração de uma edição, as Festas do Povo são responsáveis pela criação de cerca de 200 postos de trabalho, movimentam, de forma direta, cerca de 1,5 milhões de Euros e têm impacto económico direto numa área geográfica com um raio de 100 quilómetros que inclui também algumas regiões de Espanha.

No entanto, esta dinâmica perde-se entre cada uma das edições de um evento que, fruto das suas características, não é possível replicar anualmente.

Mas a semente está lançada e as Festas do Povo são, neste momento, uma “marca” reconhecida a nível nacional, capaz de contribuir para o desenvolvimento económico do concelho, mesmo em anos em que não se realizam. É, pois, necessário estender o seu impacto económico e social no tempo para que este deixe de ser sazonal.

O Município de Campo Maior não tem dúvidas em classificar as Festas do Povo com um dos grandes eventos culturais do país e, neste contexto, importa procurar o seu valor acrescentado, a sua sustentabilidade e a sua salvaguarda.

Neste sentido, o Município entendeu colocar em prática uma série de ações que possam contribuir decisivamente para este objetivo, entre as quais está a criação de uma marca e de um produto que permitam a sustentabilidade do evento nos intervalos entre edições e que possam, de alguma forma, responder a uma pergunta que há muito paira sobre os campomaiorenses:

Será que há alguém, em qualquer parte do mundo, que se possa apaixonar tanto ou mais que nós pelas flores que nascem das nossas mãos?

É assim que nasce a marca/produto:

FLORES DE CAMPO MAIOR

Paralelamente, as Flores de Papel de Campo Maior assumem também as características de um produto solidário, cuja compra contribuirá para causas e projetos neste âmbito.

Este espírito consegue-se através da associação à Cooperativa de Solidariedade Social Raia Mayor, uma entidade cujos cooperativistas são pessoas carenciadas, que contribui para o aumento da taxa de empregabilidade no concelho de Campo Maior e para a integração na sociedade dos indivíduos mais vulneráveis.